Tempo de loucuras no tempo!

Esfriou um pouquinho? O nariz escorreu??? Essas mudanças de tempo são o ó do borogodó para os pequenos. Obedeça sua mãe e leve casaco e guarda-chuva, ok?

Abrace e esquente seu herdeiro!!!



























































































































































































terça-feira, 29 de março de 2011

“Criando meninos”...Futuros homens

Quem tem filho e não leu esse livro?

Ele traz muitas dicas bacanas, mas difícil de seguir a risca as “normas” nele contidas. Situações por vezes bem retrógradas ainda...whatever

Como mães de meninos, sabemos que eles tendem ao comodismo, a insegurança e a falta de oportunidade(genética e/ou social) para demonstrar sentimentos e sensibilidade. Tudo isso somado a competição inerente ao gênero produz uma bomba engatilhada pronta pra estourar a qualquer momento, seja aos 7, aos 16 ou aos 40 anos.

Temos um grande poder como mães, GRANDE, enorme mesmo em construir ou destruir a capacidade de como nossos pequenos se colocarão no mundo e de como irão lidar com seus sentimentos, afinal eles aprendem logo cedo com nós, mulheres. Quem assistiu ao filme Alexandre? Olympia era completamente insana, apesar de linda...rs....Construiu um homem guerreiro e brilhante, mas emocionalmente atormentado, claro levando-se em conta os padrões dionsíacos da época.

Para que se sintam seguros em relação a parte prática precisam se sentir úteis, assim como fazemos com nossas filhas é necessário ter rotina, saber ajudar com os deveres da casa, arrumar suas coisas e a cuidar delas, aprender a ter respeito pelo trabalho dos outros e isso só será entendido quando eles souberem o trabalho que dá manter tudo funcionando.

No quesito emocional, poder falar de seus sentimentos de forma tranqüila quando quiserem, pois meninos tendem a se recolher quando é difícil se abrir, respeitar seus problemas é uma demonstração de que a gente entende a dor e sofrimento deles. Saber ouvir os pequenos machinhos vai ser de grande valia para nossas futuras noras. Ah e saber aconselhar também! Digo que qualquer palavra que sai da nossa boca em relação a eles tem um significado imenso e irá reverberar por anos na cacholinha.

Quanto a parte social é preciso demonstrar respeito à opinião alheia mesmo quando discorda da nossa sem que tenhamos que ir no embalo dos outros, meninos adoram um embalo, talvez por conta da competição inerente, não sei. Saber dividir, compartilhar, respeitar sem se humilhar e não querer ser mais poderoso que o outro, não tem nada mais chato que ver homens (inseguros) poderosos querendo ser o macho alfa da roda de amigos e pra isso não tem idade. Um porre, nada elegante!! Nada como a elegância de um homem seguro que anda pelo mundo com maestria, sabendo colocar de uma forma mais yin seu poder yang.

Homens são poderosos, mas não precisam ser uns cavalos, podem chorar, gostar de cuidar, saber dançar e rir de si mesmos. Assim como aprendemos ao longo dos anos pós feminismo a sermos mais racionais, separar amor do sexo, competitivas sem deixar de ser sensíveis.

Minha proposta aqui é de fazer pensar sobre quais são os homens que deixaremos pro futuro, onde há muito os papeis dos gêneros estão sendo reconstruídos, talvez não tenha razão em nada, mas ACEITO SUGESTÕES afinal sou uma mãe em construção também.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ai que me tô cheia de orgulho Bela!

Esses dias levei meu filho para matriculá-lo num curso de inglês.

Chegando na escola descobri que ele deveria fazer uma aula teste para que a Coordenadora pudesse colocá-lo na sala adequada, ao ouvir isso ele me olhou como se a moça tivesse dito: “Bem vamos para aquela sala de tortura onde obrigaremos ele a comer peixe, falar com pessoas completamente estranhas e beijar uma menina”(quesitos atuais que ele foge como o demônio da água benta).

Queria ter o dom de metamorfosear em tigresa e arrancar a cabeça de todos na sala, mas vamos lá: “Filhote, mamãe vai ficar com você... é só ir lá e responder as perguntas que a profe fizer pra você, será moleza, melzinho na chupeta, mamãozinho com açúcar.”.... “Tá bom, né!!”....humpf

No meio da sabatina, ele relaxou e começou a falar e escrever...e a mãe atônita diante daquela criatura que até há uns 4 anos atrás mal sabia falar a própria língua....Meu coração estava em festa....haviam fogos de artifício no meu peito!! COMO ISSO É BOM, ver a capacidade do nosso rebento de enfrentar bravamente uma situação estranha com uma desenvoltura meio capenga, mas corajosa.

Enfim, ele passou pra classe acima do esperado...LINDOOO

Porém surgiu, após fechar o leque da pavoa, a seguinte questão.

Mãe é tudo igual! Temos enormes expectativas sobre nossos filhos...Vergonhoso admitir, mas queremos que eles sejam inteligentes, corajosos, espertos, que vão bem nos esportes, bonitos, admirados(aqui lê-se que o mundo os admire tanto quanto nós os admiramos) bem sucedidos...blá, blá, blá...

Mas graças há anos de terapia intensiva no cabeção, percebo o quanto temos que tomar um enorme cuidado para frear esse nosso lado exigente, pois filho sente isso, e sente muito, SENTE PACAS eu diria....mesmo que os pais não falem nada...isso sim é até pior...

Incentivar sem forçar a barra nem diminuir a capacidade de resolver conflitos é o grande desafio para quem quer formar um ser humano são. A vida irá cobrar deles resultados, vai testar a capacidade de relacionamento, maturidade e responsabilidade... fará isso sem dó nem piedade, assim como fez conosco, com nossos pais e avós. A única diferença é que podemos mudar a forma como criamos nossos pequenos nos dias atuais. Necessário mudar algumas táticas pedagógicas que funcionaram antes e não funcionam mais. Claro que sou mãe e não fiz pedagogia e parei na metade do curso de psicologia há alguns anos, mas mãe que é mãe sabe onde aperta o sapato.

Uma tática que uso muitíssimo é me colocar no lugar do pequeno quando surge um problema e levar essa percepção á uma perspectiva “adulta” e baseada nas minhas experiências, fazendo isso a minha Driquinha vai se curando também de alguns traumas e merdas do passado. É mais trabalhoso, mas muito mais recompensador, já que envolve as nossas questões mais doloridas, mas sentimos mais compaixão por aquele pequeno que ainda tem tanto pra aprender. Deixamos de ver nossos filhos como posses, como coisas pequenas que andam, exigem e falam e passamos a olhá-los com muito mais respeito e consideração como pessoas pequenas, que não são nossos e que foram dados a nós pela vida para que façamos deles pessoas decentes, que façam o que quiserem, como e onde quiserem de forma ética.

Lembramos o quanto dói um olhar de reprovação, de desapontamento, comparações inúteis com outros amigos ou primos, castigos não producentes e humilhantes...etc

Temos que deixar de projetar nos pequenos essas nossas dolorosas frustrações e sim tomar consciência delas quebrando assim o círculo vicioso do orgulho camuflado em uma baixa auto estima.

Fazendo essa recordação básica, podemos nos colocar em seus lugares e dar um salto qualitativo na forma de criar nossos filhos aumentando assim sua (e nossa) auto estima, estruturando a personalidade de forma saudável sem cair no narcisismo...Claro que essa mudança não se dá de uma hora pra outra, mas curtos espaços dessa consciência se tornam hábitos e os novos hábitos levam a uma vida de melhor qualidade amorosa e na relação entre pais e filhos.

Ainda aprendendo a por em prática tudo isso, tropeçando e me reerguendo...Sou um experimento da vida tanto quanto o filhote...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

OMNIA VINCIT AMOR

Ela havia conhecido aquele homem de uma forma nada convencional, até que criou coragem pra chamar ele pra sair, após anos de casada e agora na pista, assim era a lei do oeste.

Ok, roupa nova, lingerie linda, maquiagem perfeita e sem esquecer o perfume delicioso, lá foi ela, munida de toda a coragem que lhe compete encontrar com o bofe, começaram algo que nenhum deles imaginava que ia vingar mais que uma noite. Porém vingou e agora?!

Ela tinha uma filha, morava sozinha, após um tempo resolveu levá-lo pela primeira vez pra sua casa, era o final de semana do grito da independência....Que medo!! Por mais desencanada e modernete que parecesse aos outros ela se permitiu a famosa pergunta... E agora?!! Como misturar os dois mundos em que vivia?!! Sim as mulheres sabem muito bem separar Afrodite de Deméter...como juntá-las agora?

Tirou todas as bonecas, lacinhos, presilhas e Pollys da sala, da cozinha, do banheiro, mas sempre restava algo. Desenhos e fotos na geladeira, lápis de cor no canto, atrás da mesa de jantar...

Agora faltavam poucos minutos para o convidado chegar, resgatou mais algumas meias e presilhas colocou tudo dentro do quarto da filha e BAMM, fechou a porta, a única porta onde poderia ser isolada por aquelas faixas amarelas NO TRESPASSING dignas das séries CSI e Arquivo X. Fez malabarismos onde a única intenção era a de passar um ar de solteirice perdida há algum tempo em meio aquele mundo materno. Numa tentativa frustrada e última de separar as deusas que discutiam dentro dela por puro preconceito coletivo, muito latente na alma.

Ele chegou, entrou no apartamento com ar blasé e foi captando a atmosfera do ambiente, beijo caliente, abraços e carinhos...Sentados no sofá, papo vai papo vem.... Vamos beber algo?... Deixa querida eu pego pra você...Ok, na geladeira querido...

BUM... na porta da geladeira um desenho foi determinante para aquele homem saber onde estava se metendo, o único desenho esquecido de ser retirado por ela (inconsciente,na tentativa de unir seus mundos).

Duas formas de mãos dadas em meio a flores, pássaros e corações com a seguinte legenda “Mamãe e Eu”. Ele sorriu, respirou fundo e trouxe a bebida dando naquela mulher um beijo demorado...

Isso tudo pra dizer...

Só quem passa ou passou por esses momentos sabe o que tudo isso quer dizer, são pequenos sinais emitidos de que ali a relação irá se basear em muito mais confiança, paciência e tolerância.

Um relacionamento com a mãe é bem diferente do relacionamento com o pai separado. A convivência com os filhos são mais estreitados, já que na maioria dos casos esses filhos moram com a mãe. No segundo caso o contato é, na maioria das vezes, esporádico.

Tenho profundo respeito pelos homens que decidem levar adiante uma relação com esse nível de envolvimento. Tremendo gesto de coragem por parte deles.

Difícil certamente, porém não impossível, pode trazer prazer apesar dos desafios. Na minha opinião singela cabe muito a nós, mães divorciadas/solteiras dar o timing da relação, levar nossos amados pela mão com muito jogo de cintura, respeito, amor, compreensão e consciência por esses caminhos por vezes novos para eles. Essa é uma das maiores provas de amor dos dias atuais.

Parabéns à todos os homens que estão muito felizes amando mulheres que trazem consigo uma história e estão dispostos a dar continuidade a essa história de forma amorosa compartilhando os momentos de prazer e dúvidas.

Parabéns às mulheres que se dão a chance de continuar a sonhar, amar e compartilhar de algo tão precioso ao lado dos homens escolhidos pelo seu coração.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dentes são pra sempre

“- Oi ... hoje eu comi um montão de cebola!!!
  - Duvido!!!
  - Ah é! Então cheira minha boca!”
ÉÉÉÉÉCA!!!
Bom, salvo as proporções, já que cebola cheira forte mesmo e ninguém duvida, muito mau hálito por aí poderia ser evitado. Muito dente estragado, muitos sorrisos perdidos. Concordam? Também não estamos falando de problemas crônicos, como a halitose ou outras coisas que possam levar ao mau hálito. Estamos falando mesmo só do bafinho normal e dos dentinhos que vão ficando sujinhos, feinhos, coitados! Estamos falando do que se resolve com uma boa escova de dentes.
Não dá pra não introduzir esse hábito na vida. Primeiríssimo, porque é um hábito de higiene pessoal báááásico. Depois, escovar os dentes toma muito pouco tempo e vale um emprego até. Mais depois ainda, porque tem escova de dente de todo preço, então não dá pra alegar que custa caro demais pra comprar e elas duram algum tempo, não são trocadas a cada semana.... Muito mais caro custa o dentista com aquela maquininha deliciosa.
Mas, se você não é daquelas que escova regularmente seus lindos dentões, quem sou eu pra te convencer que deve escovar os do seu filho??? Fico aqui quietinha no meu canto, dando graças a Deus da nossa conversa ser pela Internet.
Olha, vamos falar sério: não tem nada mais tenebroso do que ser alvo daqueles comentários: “ela é legal, mas gente, que bafo é aquele???”, ou então, “Pelo amor de Deus! é só ela abrir a boca que parece que passou um caminhão de lixo!”.
Esse momento também é para lembrar!
Não precisamos mais bater na tecla de que filhos repetem comportamentos dos pais. Que aprendem seus hábitos e absorvem suas idéias, seus gestos. Acho que isso já está dentro da cabeça de todos nós. Mas, temos que ensiná-los a fazer muitas coisas, ensinar mesmo, diretamente: “Filho, é assim ó”. Na maioria das vezes, juntamos nosso exemplo com nossas explicações e dá tudo certinho. Ninguém está falando que é fácil. Não, não, não. Mas, temos debaixo das nossas asas um serzinho que aprende tudo!!! Cada um no seu ritmo, mas aprendem fabulosamente tudo. Aproveite essa chance e introduza tudo o que há de obrigatório e saudável. Escove os dentes!
Hoje em dia há pastas de dentes próprias, algumas até que podem ser engolidas e não precisam de enxágüe. Ideal para começar com os bebês e as crianças pequenas. Aliás, mamãe, devemos introduzir o hábito da escovação ainda quando aqueles banguelinhas lindos são apenas banguelinhas. Desdentados geral. Temos dedeiras-escovas pra isso. Mas se você não começou cedo assim, não se desespere. Manda a ver, comece agora!
Compre uma maravilhosa escovinha de dentes, uma pasta de dente apropriada e comece a ensinar seu pequerrucho a escovar os dentinhos que estarão sorrindo pra você em todas as fotos de recordação. Escove os seus, e depois os deles. Escove devagar, mostrando que não é brincadeira, mas mostre sua felicidade em limpar seus dentes e o sorrisão branquinho depois. Quer ver os dentes da mamãe como ficaram limpinhos??? Então coloque seu rebento sentadinho, na pia, na privada fechada, dê a escova com pasta na mãozinha dele e libere a escovação. Oriente, porque eles entendem (não sei, tem gente que se esquece disso!!!): “Agora escove os dentinhos de trás, isso!!! agora os daqui desse lado... hum, está ficando limpinho heim?” Espere um pouquinho pra coisa acontecer e peça licença para então você caprichar. Tente com 2 escovas, uma sua outra da criança (primeiro ele, ok?). Finalize a escovação e depois façam a maior risadona juntos no espelho!
Não esqueça que escovar os dentes é um hábito que deve ser repetido pelo menos 3 vezes por dia. Aliás, o hábito em si é escovar os dentes pelo menos 3 vezes por dia, após as refeições.  Não deixe só por conta de quem toma conta do seu filho, ok? Você precisa participar disso.
Por trás desses pequenos gestos do cotidiano, seu filho vai desenvolvendo a auto-estima, a responsabilidade de cuidar do seu próprio corpo, de se preocupar com a saúde, de estar limpo, cheiroso e bem cuidado. Isso é pré-requisito para se dar bem na vida, não adianta fechar os olhos para isso. Tudo bem que você já deve ter tido um chefe fedido, suado e baforento. Mas, você lembra-se dele porque ele era um ótimo chefe? Então cuide para que se principezinho ou sua linda princesa, não cresçam fazendo de suas obrigações mínimas uma tortura, e nem que sejam os gambazinhos da turma.
Cuide também da alimentação e espere ver o rostinho do seu filho se iluminar num sorriso que você ajudou a construir, porque, se bem cuidado, feliz ele certamente será.
Um grande beijo!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Crescer dói...como dói!!!


Meu filho irá completar 7 anos esse mês e por vezes sofre muito com uma dor no joelho que foi dignosticada como a famosa dor de crescimento. Essa dor se manifesta aparentemente sem motivo, ou seja ele pode senti-la tanto quanto se exercita muito como quando passa a maior parte do tempo jogando Playstation. Bom né? Não tem causa, portanto dá-lhe fazer massagem e tentar acalmá-lo quando o bicho pega (às vezes no meio da noite, até hoje)
Certa vez em uma dessas crises dolorosas (pra ele e pra mim) tentando acalmá-lo soltei a pérola: “Calma amor,já vai passar crescer é assim às vezes dói.”. OPS!!! E agora? Ele vai associar a dor ao seu desenvolvimento, as suas conquistas, seu amadurecimento de forma negativa. P...o que foi que eu falei?!!!(mãe tem dessas, se culpa por tudo). Mas já era tarde, falei a mais cruel e significativa verdade da vida para aquele pequeno ser de 6 anos, assim na bucha. Ele parou de chorar, me olhou como quem tivesse entendido o real significado daquela verdade e simplesmente choramingou “é mamãe dói muuuuito”, daí não teve jeito a mãe, como quem quisesse esconder seu próprio choro abraçou aquele corpinho pequeno junto ao seu e chorou baixinho com a cria.
PS: Sou mamãe há exatamente 7anos e 20 minutos. Parabéns filhote!!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tudo vale a pena se a alma não é pequena



Tem mãe de todo jeito. A sua mãe, a mãe do seu marido, a mãe da sua mãe e a mãe da mãe do seu marido... tem tanta mãe que você é só mais uma. Mas é a única e muito especial para o seu pequeno.


É super complicado encontrar 2 mães "iguais" ou pelo menos parecidas. Em geral, a proximidade maior vai acontecer entre amigas, muito mais do que entre familiares. Um pouco lógico, não? os tempos mudam e a cada geração (a menos que a sua mãe seja muito atualizada) as mamadeiras  serão diferentes de quando você era criança, as fraldas serão diferentes, os hábitos alimentares podem até ser os mesmos, mas as prateleiras dos supermercados estarão cheias de coisas completamente fora do conhecimento dos seus ancestrais...... até o potinho das papinhas Nestlé mudaram tão recentemente que eu tenho que ler umas 4 vezes para ter certeza do que estou comprando. (ah! sou a favor das papinhas Nestlé quando você não tiver como fazer e congelar, nem alguém que faça isso para você!)


Bom, muita coisa muda mesmo, mas sem perceber, sabe o que mais muda???? a nossa cabeça. Por mais que a sua mãe tenha criado você do jeito dela e você tenha dado super certo na vida, não significa que repetir a criação que você teve é garantia de sucesso para o seu filho. O mundo não é o mesmo de antes e certamente, o emocional, o intelecto e muitas outras coisas no seu filho não serão iguais às suas. Isso pode significar muito ou muito pouco. O que eu quero dizer é que precisamos ponderar tudo em relação aos nossos filhos, pensando neles como seres inteiros e independentes de nós e cruzar todas essas características com o mundão de hoje. Por isso, conselhos, opiniões e afins, por melhor que sejam as intenções de quem os deu, devem ser ponderados por você e pelo pai. Um conselho maravilhoso pode estar completamente longe da sua realidade psicológica, material, etc! Não acho que você deve ficar paranóica, pensando em cada coisinha que acontece, que fazem, que falam...  não é pra estressar por pouco, mas dá pra diferenciar o que é importante, não dá? Não é uma tarde na casa da avó que vai fazer seu filho mudar completamente, mas é o que ele faz nessa tarde, que pode ser só uma, duas ou sempre. Mas, pense no que ele vai fazer quando estiver sob o cuidado de outras pessoas, pense com quem deixar, nos conselhos que aceitar e seguir e veja o que se enquadra no seu jeito de viver. Use o que for bom para o seu jeito de querer seu filho e comece como quer terminar, aproveitando uma frase de Tracy Hogg no livro A encantadora de Bebês. Acompanhar o dia a dia desse rebento dá um trabalho daqueles. Se você estiver sempre por perto, acho até que será mais fácil e tranqüilo. Estando de longe, supervisionar e acompanhar é muito mais difícil. Mas não tem outro jeito de criar direitinho uma criança. Se economizarmos em benefício próprio, ou seja, nos rendemos à nossa preguiça, à nossa falta de iniciativa, de paciência, não vá depois achar que tudo fugiu ao seu controle. Gaste um pouquinho do seu tempo para ponderar o que vale ou não a pena na criação do seu filho e converse com quem estiver envolvido para que todos colaborem. Muitas vezes achamos que os outros não irão compreender e colaborar, mas isso pode ser um ledo engano! Tem muita vovó que se sente honrada em atender a pedidos, se sentem importantes em receber uma “missão”! Não desista antes de tentar.


Tudo vale à pena se a alma não é pequena, e, pra fazer um trocadilho meio sem graça: a alma desses pequenos é enorme, alguma coisa beirando o infinito. Tudo realmente vale à pena.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Papai também nasceu!

Vamos lá, força, respire, relaxa.....Parabéns Você é Pai!!!
Bom até aqui tudo bem, mas e agora?
Papai também nasce assim, não sente as dores do parto, não enjoa( apesar de saber de casos de pais que enjoaram), não sentem o “pequeno oitavo passageiro” revirando seu ventre, mas mesmo assim nascem... assim como nós junto com o rebento.
Doce ilusão desses machos acreditarem na maternidade como uma précognição onde nós fêmeas sabemos TUDO, adivinharemos TUDO o que aquele recém chegado quer e deseja ou como cuidar de todos os seus desconfortos. Desconfio que seja até um “deixa que ela manja”, só pra tirar o corpo fora.
Doce ilusão de nós fêmeas acreditarmos que aqueles incríveis machos alfa(nossos alfas) irão saber lidar com uma troca de fralda tão bem quanto a eficiente e sincronizada troca de pneus ou a manipulação de objetos eletrônicos, etc...
Ou pior, por vezes temos a sensação que somente nós temos o poder absoluto e daremos conta daquele ser que mama SÓ em nosso peito, que saiu de dentro do NOSSO útero....aaaaa vamos parar de querer dominar uma relação que pode e deve ser muito mais produtiva sendo compartilhada com aquele que escolhemos como companheiro de uma viagem tão emocionante, obscura, conflituosa e excitante quanto a maternidade e a paternidade. Viagem essa comparada as Ilíadas e olha que Ulisses se mandou e largou a mulher e o filho para lutar por anos e voltou só quando o moleque estava crescido,  matar um cíclope é muito mais fácil que advinhar o por que aquele pimpolho está aos berros em plenas 2 horas de la matina.
Mamães, please, paciência com esses papais que são ainda meninos inábeis no trato com algo tão delicado e tão precioso pra eles. Incentive, busque a aproximação real e a ajuda, nem que seja atrapalhada em um primeiro momento, mas que irá se desenvolver (tenha fé).
Papais  não abram mão do contato, briguem por ele, o queiram de verdade, sabemos que é difícil, mas isso vai aproximar cada vez mais vocês dessa criatura tão pequena e linda.
Como todos os desafios da  jornada chamada vida, esse  DEVE ser COMPARTILHADO, seja junto ou a distância para o bem estar emocional e sanidade mental de todos.